Motorista que atropelou duas pessoas em moto após discussão no trânsito é denunciado pelo MP por homicídio doloso, em Fortaleza
Motorista de veículo foi preso após perseguir e atropelar motoqueiro e garupeira. A jovem Hanna Moreira dos Reis, de 24 anos, morreu no local do atropelamento.
O motorista Roberto Ayrton Bezerra Ramos, de 53 anos, foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) por homicídio doloso e tentativa de homicídio doloso após atropelar duas pessoas que estavam em uma motocicleta, em Fortaleza. A garupeira, Hanna Moreira dos Reis, de 24 anos, morreu no local após a colisão. O crime foi registrado por uma câmera de segurança.
O advogado de defesa, Flávio Uchôa, disse estar ciente da denúncia. “Será apresentada defesa preliminar em momento oportuno, e o Sr. Roberto está à disposição da justiça. Importante salientar que estamos contribuindo com a investigação, apresentamos um pedido junto à autoridade policial requisitando as filmagens do Sistema de Videomonitoramento de todo o trajeto percorrido pelos envolvidos para a melhor elucidação do caso”, disse.
O atropelamento aconteceu no último dia 15 de junho. O condutor da moto, identificado como Ângelo Mateus, 28 anos, também se feriu e foi levado inconsciente a um hospital. A colisão ocorreu na Avenida Coronel Manuel Jesuíno, no Bairro Mucuripe.
Na denúncia do MP, o órgão informou que o motorista, que está preso, relatou que a discussão com o Ângelo começou após ele tentar desviar de uma poça de lama na rua. O motoqueiro estava atrás do veículo, e quase colidiu com o carro devido à manobra. A discussão seguiu em uma perseguição pelas ruas de Fortaleza, que terminou quando o carro atingiu os ocupantes da moto.
Hanna era bombeira civil e trabalhava como brigadista em Fortaleza. Ela havia completado 24 anos duas semanas antes do acidente.
Motorista preso
Policiais militares foram chamados por moradores que presenciaram a colisão e prenderam o motorista suspeito. Ele foi autuado em flagrante por homicídio doloso. Ele foi levado ao Segundo Distrito Policial, unidade da Polícia Civil responsável por investigar o caso, onde ficou detido.
A defesa de Roberto Ayrton, inicialmente, alegou que ele vinha sido perseguido e teve o vidro do carro inicialmente quebrado. Disse ainda que o motorista não tinha a intenção de matar as pessoas na motocicleta.